Fernando Yáñez de la Almedina
1505 - 1510
Museo del Prado, Madrid
Santa Catarina
É padroeira
Desde menina
Da cidade costeira
A moda ela preconiza
Trajada por pintores
O rei a tiraniza
Mas quer os seus amores
-
Catarina recusa
Ser imperatriz
Mas olha sua blusa
E versos lhe diz
Tiziano a retrata
Com figurino atraente
Ela faz parte da nata
Do belo, do diferente
Correggio reinventa
Trajes ousados
Catarina se contenta
Em dar os seus recados
Ordena Maximino
A morte da santa
Nem mais o figurino
Ao imperador encanta
Milagre ou não
As facas atingem o tecido
Eis a explicação
De ela não ter morrido
A todos causa espanto
As vestes protetoras
Maximino não quer santo
E ordena a masmorra
Finalmente em pública praça
Ela é decapitada
Mas não perde sua graça
De santa homenageada
Escolas de moda no mundo
Em novembro, com devoção
Celebram de modo profundo
Sua martirização
Dolce & Gabanna
Estamparam vestidos
Com o rosto da santa
E foram aplaudidos.
Ana Claudia Bonaccorsi Dutra
Nenhum comentário:
Postar um comentário